domingo, 14 de fevereiro de 2016

«Olhar-Te simplesmente - Mãe -,

deixando aberto só o olhar;

Olhar-Te de cima a baixo, sem Te dizer nada,

e dizer-Te tudo, mudo e reverente.

Não turbar o vento da tua fronte;

só abrigar a minha solidão violada

nos teus olhos de Mãe enamorada

e no teu ninho de terra transparente.

As horas precipitam; fustigados

mordem os homens insensatos a imundície

da vida e da morte, com os seus rumores.

Olhar-Te, Mãe; contemplar-Te apenas,

o coração silencioso na tua ternura,

no teu casto silêncio de açucenas»

(Hino litúrgico).

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